Em 14 de fevereiro de 2025, muitos moradores de São Paulo e Rio de Janeiro se assustaram quando seus dispositivos Android emitiram um alerta de terremoto, provocando pânico e confusão. O alerta, parte do sistema de detecção de terremotos do Android, indicava possíveis tremores de magnitude entre 4.4 e 5.5 na região entre Ubatuba e Baixada Santista. Contudo, rapidamente as autoridades locais e especialistas desmentiram a ocorrência de qualquer abalo sísmico real.
O alerta, gerado pelo sistema do Android, depende de dados coletados de forma colaborativa através de acelerômetros em dispositivos móveis, além de parcerias com redes sísmicas como a ShakeAlert nos EUA. Fora dos Estados Unidos, o Android se baseia em dados agregados de diversos dispositivos para identificar tremores. Embora essa abordagem vise fornecer avisos antecipados, pode também, como se viu, gerar alarmes falsos devido à interpretação errática de ruídos ou falhas técnicas.
Interessante foi notar a diferença no impacto sobre usuários de Android em comparação aos de iPhone, já que estes últimos não receberam nenhum tipo de alerta. Nas redes sociais, o acontecimento gerou uma mistura de pânico e humor, enquanto especialistas frisaram a importância de confirmar qualquer alerta por meio de fontes oficiais. A Defesa Civil de São Paulo rapidamente acalmou a população, enfatizando que seus sistemas não haviam detectado nenhuma atividade sísmica, reiterando a necessidade de uma comunicação de emergência precisa e confiável.
Historicamente, o Brasil está em uma zona de pouca atividade sísmica, longe das grandes falhas geológicas que causam grandes terremotos. Dados recentes da VolcanoDiscovery também não registram eventos sísmicos significativos no país desde dezembro de 2023. Isso reforça a possibilidade do alerta ter sido um falso positivo. Esse incidente destaca os desafios de equilibrar alertas rápidos com a redução de alarmes falsos, um problema crítico para a segurança pública e a confiança em sistemas de emergência impulsionados pela tecnologia.