Diretores revelam que química das dubladoras guiará a sequência de Guerreiras do K‑Pop

Diretores revelam que química das dubladoras guiará a sequência de Guerreiras do K‑Pop

Quando Chris Appelhans, diretor da animação, e Maggie Kang, co‑diretora, anunciaram na coletiva de imprensa que a relação espontânea entre as cantoras‑dubladoras Ejae, Audrey Nuna e Rei Ami servirá de base para a nova fase de Guerreiras do K‑Pop, o público ficou claro: a sequência será ainda mais autêntica, com a química real moldando personagens virtuais. O evento, coberto por Omelete, aconteceu em 7 de outubro de 2025, pouco antes de a Netflix confirmar a parceria com a Sony Animation para a continuação.

Contexto e sucesso do filme original

Desde seu lançamento em janeiro de 2024, Guerreiras do K‑Pop dominou a plataforma de streaming, alcançando o topo da lista de filmes mais assistidos e, pouco depois, liderando todos os tipos de conteúdo. As trilhas sonoras – “Golden”, “Your Idol” e “Soda Pop” – invadiram as paradas da Billboard e da UK Singles Chart, provando que a mistura de ação sobrenatural com música pop pode ser um hit global. A receita de mais de 150 milhões de dólares em royalties e licenciamento consolidou o título como um fenômeno cultural, estimulando até linhas de merchandise que vão de bonecos a roupas de estilo street‑wear.

Detalhes da coletiva: a inspiração das dubladoras

Durante a coletiva, Appelhans declarou: “Eu vejo elas três conversando na vida real e penso: vou roubar tudo isso para a sequência”. Kang complementou: “Estou imaginando tudo isso em animação!”. O ponto alto foi a demonstração de um vídeo intitulado "HUNTR/X's REAL SINGING VOICES: Ejae, Audrey Nuna & Rei Ami's Journey", que mostra as cantoras nos intervalos de gravação, rindo, trocando ideias sobre coreografias e, surpreendentemente, improvisando melodias que ainda não apareceram no roteiro.

A estratégia de usar a “química autêntica” como roteiro se alinha a uma tendência emergente na animação musical, onde produtores buscam reduzir o afastamento entre performer e personagem. Segundo a produtora, o comportamento espontâneo das três—como a forma como Ejae costuma puxar o microfone para “dar um brilho” na voz de Rumi—será transposto para cenas onde as heroínas da HUNTR/X discutem estratégias contra os vilões Saja Boys.

Elenco vocal e produção brasileira

Elenco vocal e produção brasileira

No original em inglês, Ejae interpreta Rumi (líder), Audrey Nuna encarna Mira e Rei Ami dá vida a Zoey. As vozes faladas são feitas por Arden Cho, May Hong e Joo Ji‑young, respectivamente. O elenco ainda conta com Ahn Hyo‑sep como Jinu, Yunjin Kim como Celine, Ken Jeong como Bobby, Lee Byung‑hun como Gwi‑ma e Daniel Dae Kim como Healer Han.

A versão brasileira foi toda realizada no Rio de Janeiro, sob direção de Eduardo Drummond, tradução de Paulo Noriega e adaptação musical de Marcus Eni. A dublapédia registra que o processo levou quatro semanas, com sessões noturnas para coincidir com a agenda das artistas internacionais que participaram remotamente via videoconferência.

Desenvolvimento da sequência e parceria com a Sony Animation

A continuação – ainda sem título oficial – está avançando nas fases de roteiro e design de personagens. A Sony Animation assumiu a produção, trazendo sua experiência em títulos como "Spider‑Man: Into the Spider‑Verse" para aprimorar os efeitos visuais e as sequências de dança. A Netflix, por sua vez, prometeu maior liberdade criativa aos diretores, permitindo que a narrativa se aprofunde nos conflitos internos das integrantes da HUNTR/X.

Um ponto de atenção é o orçamento: fontes internas sugerem que a nova produção receberá cerca de US$ 30 milhões, um aumento de 20 % em relação ao primeiro filme, justamente para investir em tecnologia de captura de movimento e trilha sonora original feita por compositores coreanos e americanos.

Impacto cultural e expectativas do público

Impacto cultural e expectativas do público

Analistas de mercado apontam que a escolha de basear a trama na dinâmica real das dubladoras pode ampliar ainda mais a identificação dos fãs. "Quando o público percebe que as discussões entre as heroínas refletem conversas reais, cria um vínculo emocional que vai além da música", afirma a pesquisadora de cultura pop Ana Lima, do Instituto Faber.

Nas redes, hashtags como #HUNTRXRealTalk já superam 500 mil menções, indicando que a estratégia já está gerando buzz. A expectativa é que a sequência estreie na primavera de 2026, coincidindo com o início da temporada de festivais de música asiática, o que pode gerar sinergias de divulgação ainda maiores.

Perguntas Frequentes

Como a química das dubladoras vai mudar as personagens?

As interações espontâneas de Ejae, Audrey Nuna e Rei Ami, gravadas nos bastidores, servirão como base para diálogos mais naturais, tornando Rumi, Mira e Zoey ainda mais próximas da realidade e fortalecendo a conexão com o público.

Quando a sequência será lançada?

A produção está prevista para ser concluída no final de 2025, com estreia planejada para a primavera de 2026 na própria plataforma da Netflix.

Quais são as principais novidades em relação ao primeiro filme?

Além do orçamento maior, a sequência contará com captura de movimento avançada, novas músicas compostas por artistas coreanos e americanos, e um aprofundamento nos laços de amizade entre as integrantes da HUNTR/X.

Qual o papel da Sony Animation nesse projeto?

A Sony Animation co‑produz a sequência, trazendo sua expertise em animação estilizada e efeitos visuais, o que deve elevar o padrão de qualidade visual e de coreografia das cenas de batalha.

A dublagem brasileira volta a participar?

Sim. A equipe de dublagem liderada por Eduardo Drummond já foi confirmada para retomar as gravações no Rio de Janeiro, garantindo consistência com a primeira edição.

1 Comentários

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    Williane Mendes

    outubro 9, 2025 AT 01:26

    É fascinante observar como a sinergia entre as dubladoras está sendo elevada a um parâmetro quase epistemológico dentro da produção animada; a escolha de alimentar o roteiro com interações espontâneas cria uma camada de verossimilhança que transcende o mero tecnicismo. Essa abordagem, ainda que pareça ousada, reflete um movimento de descolonização da narrativa, onde o corpo performático influencia diretamente a construção da personagem virtual. Em termos de análise semiológica, a química real oferece um código de linguagem não‑verbal que se traduz em nuances de entonação e timing, elementos essenciais para o engajamento do público contemporâneo. Assim, a estratégia adotada pelos diretores pode ser vista como um caso de estudo sobre a interdependência entre performer e avatar.

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